Se somarmos a gestação e os 3 primeiros meses do bebê, a mulher vive um ano intenso de pura transformação: aprenda a lidar com esses primeiros momentos de vida nova
Se considerarmos os 3 primeiros meses do bebê, a mulher vive um ano completo de intensas emoções. Inicialmente, são os 9 meses da gestação, que significam uma transformação da vida daquele momento em diante. Há um clímax neste período, com a chegada da criança e a ansiedade trazida pelo parto, mas essa montanha-russa de hormônios e sentimentos só está começando.
Quando a mãe deixa a maternidade acompanhada do seu filho, sua vida jamais será igual ao que era antes. É um grande desafio para mãe, pai e o bebê se adaptar a uma nova rotina, com uma série de exigências e cuidados. É importante que a mãe imagine, ao longo da gestação, como será esse momento, mas sem criar grandes expectativas ou romantizar a situação.
Cinco verbos costumam explicar de forma simples o primeiro trimestre com um bebê: chorar, mamar, arrotar, sujar a fralda e dormir. Essas serão as cinco ações mais comuns que o seu filho fará nos seus 100 primeiros dias de vida. Alinhar a sua expectativa à realidade – que provavelmente não será um conto de fadas – torna mais simples de encarar os momentos que ainda estão por vir.
Sono, cólica, fome ou fralda suja… Inúmeras podem ser as possibilidades do choro. O que uma mãe precisa entender é que o bebê saiu do conforto e tranquilidade do útero para o nosso mundo. Não há exagero em tocá-lo, mantê-lo perto, especialmente logo nos primeiros dias. Essa atenção especial pode auxiliá-lo a ficar mais tranquilo.
O choro é também a forma de o bebê se comunicar. No início, o choro pode parecer sempre igual, mas, com o passar do tempo, os pais vão entendendo o que cada um deles significa. Compreender essas diferenças vai tornar a sua rotina mais calma e permitir que o bebê também fique mais tranquilo.
É um momento esperado com ansiedade por muitas mulheres, mas nem sempre será fácil. A recomendação médica é de que o leite materno seja a única alimentação do bebê até, pelo menos, os primeiros seis meses de vida, pois contribui com o sistema imunológico, previne alergias e é importante para o seu desenvolvimento. Passado esse período e com a introdução de novos alimentos, é recomendado que a amamentação ainda persista.
Em geral, a descida do leite costuma demorar de 48 a 96 horas, e boa parte dos médicos sugere que a primeira mamada aconteça logo após o nascimento – geralmente com o colostro, que é o primeiro leite produzido pela mãe, ideal para o recém-nascido.
Há muitos tabus sobre amamentação, mas a realidade é que mãe e bebê devem se conectar e descobrir juntos a melhor maneira. Em muitos casos, não é simples ou fácil e vai exigir bastante da mãe, mas vale a pena persistir!
Pode parecer exagero, mas o arroto é muito importante e merece atenção. Após a amamentação, é preciso manter o bebê por cerca de 15 a 20 minutos em uma posição vertical até ouvir o arroto. Esse pode ser um bom momento para aproximar o pai da criança, dando um respiro para a mãe. E lembre-se de cuidar sempre com os engasgos: saiba neste artigo como agir nesses casos.
É preciso ter paciência: o sono dos recém-nascidos costuma vir em doses homeopáticas: 1 ou 2 horas. No mundo ideal, a mãe poderia aproveitar este momento também para relaxar. Procure acionar o seu grupo de apoio (marido, amigos e familiares) para ajudá-la, se for o caso, com afazeres domésticos e outras questões, especialmente nos momentos mais difíceis.
Via de regra, o tempo de permanência do bebê no sono vai aumentando, o que garante à mãe mais tranquilidade. Por quanto tempo o bebê deve ficar no mesmo quarto que a mãe? Resposta para essa e outras perguntas nem sempre são definitivas. Em geral, os pediatras sugerem que o bebê fique no mesmo quarto no primeiro ou segundo mês, o que facilita a amamentação e outros cuidados.
No entanto, se a mãe e o pai se sentem mais confortável com ele ao lado, não há qualquer necessidade de deslocá-lo de ambiente para que fique sozinho. E vice-versa. Sinta a sua relação e o perfil do seu bebê para tomar essa decisão.
É preciso ter disposição para tanta troca de fraldas… ufa! Cada criança é única, mas considere em torno de dez fraldas por dia – para xixis e cocôs. Logo no início, as fezes têm um aspecto verde-escuro e, caso fique até dois dias sem evacuar, não há necessidade de desespero, pode ser normal.
Em muitos bebês, a fralda gera assaduras, e os cremes de proteção são bem-vindos para evitar incômodos na pele.
São os primeiros momentos depois da tranquilidade de permanecer por 9 meses no útero da mãe. Os sons ambientes, a temperatura, a iluminação, a presença de pessoas… tudo é uma novidade para o bebê. Mas, aos poucos, ele vai se desenvolvendo e se acostumando.
Até mesmo como forma de se precaver, é importante que os pais saibam que cada criança tem a sua individualidade. Seu progresso e evolução são naturais: portanto, evite fazer comparações com outras crianças e tente ignorar comentários neste sentido.
Primeiro mês – O bebê acabou de deixar o útero e clama por contato físico. Tente mantê-lo sempre próximo de você, ouvindo o seu coração – o que pode tranquilizá-lo, inclusive.
Pequenos balanços são bem-vindos, já que reproduzem a sensação que ele tinha dentro da sua barriga. Ele já é capaz de reconhecer as vozes e as pessoas mais próximas, portanto converse bastante com ele. Nessa fase, ele já emite pequenos sons e reage aos barulhos.
Segundo mês – Ele já está mais atento: é capaz de acompanhar pessoas ou objetos, com atenção por sons, contrastes e luz. Nessa época, o sorriso deixa de ser um ato motor, e as mãos já abrem e fecham espontaneamente. Deixar a criança observar o movimento da rua acaba virando uma grande atração, assim como brincadeiras com caretas ou ruídos.
Terceiro mês – Já está muito próximo de seu principal cuidador (ou pessoas que estejam em seu dia a dia), sorri a quem se aproxima sorrindo, choros “diferentes” (podem indicar fome, birra, sono, cólica), as mãos chegam à boca, começa a segurar brinquedos rapidamente e, dependendo da criança, podem haver tentativas de segurar objetos ou de rolar. Neste momento, as brincadeiras com pai e mãe no chão podem começar a acontecer.
Não há receita de bolo na maternidade, mas a recomendação é para aguardar pelo menos o primeiro mês de vida para sair para passeios. De preferência, vá para lugares mais calmos e silenciosos, próximo à natureza, como praças e parques. E, caso vá visitar algum familiar, tome os devidos cuidados na hora de prender o bebê à cadeirinha.
Vai visitar dentro dos 3 primeiros meses do bebê? Adote alguns cuidados:
Avise com antecedência – Exceto as pessoas mais próximas, não é de bom tom visitantes inesperados, certo?
Higienize-se – O álcool gel e lavar bem a mão é de bom tom.
Se estiver com sintomas, adie a visita – A imunidade do bebê é mais sensível que a dos adultos. É melhor deixar para outro dia do que gerar um problema.
Seja rápido – As visitas não devem ser longas, exceto se houver algum pedido por parte dos pais ou seja membro do grupo de apoio mais próximo.
Não acorde o bebê – Você terá outra oportunidade para vê-lo acordado. Deixe-o descansar, pois o sono é importante e contribui para o seu desenvolvimento.
Não pegue o bebê sem autorização – Caso sinta que os pais estão relutantes, não force a barra para pegar o bebê no colo.
Controle os palpites – Evite comentários sobre o desenvolvimento e não faça comparações, exceto se for questionado.
Choro pode ser sinal de ir embora – Os bebês costumam ter uma rotina bem definida. Dependendo da intensidade do choro, pode ser o sinal da amamentação ou do banho, o que é o toque para o fim da visita, a depender de sua intimidade.
1 – Se mama no peito, há menos arroto: em geral, bebês que não usam a mamadeira ingerem menos ar, arrotando menos.
2 – Quando dormir? – Pode ser paradoxal, mas é real na maioria dos lares: quanto mais sono tem um bebê, maior a sua dificuldade para dormir. Ou seja, é melhor fazê-lo dormir aos primeiros indícios de que está com sono.
3 – Como dormir? – Sem travesseiro e de barriga para cima.
4 – Troca de fralda – Não demore para fazê-la e, se possível, efetue a troca antes de mamar para evitar que o bebê regurgite com a movimentação.
5 – Tenha o pediatra próximo – Procure um profissional que esteja à disposição para tirar as dúvidas dos pais de primeira viagem. Normalmente, a primeira consulta é realizada em até três dias após o nascimento. Depois, os encontros são mensais.
6 – Converse muito com o seu filho – Como falamos durante o texto, os bebês entendem sons desde o nascimento. Quanto mais houver “diálogo” entre vocês, melhor será esta relação.
7 – Não seja super heroína – Peça ajuda: marido, amigos ou familiares devem formar o seu grupo de acolhimento mais próximo. Se tiver dificuldade, conte com o apoio deles.
Dica bônus para as mães: durma sempre que tiver uma oportunidade. Conte com a sua rede de apoio em momentos mais duros para poder descansar. O seu bebê vai gostar de ter uma mãe mais descansada e disposta!
Pronta para encarar os 3 primeiros meses do bebê? Será inesquecível e você sentirá saudades deste período no futuro. Curta muito e tente aproveitar todos os momentos ao lado do seu bebê!
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