Na maternidade, não só o corpo da mulher sofre transformações, como também a mente e a forma como as emoções são sentidas em um contexto geral, principalmente em oscilações de humor que podem desencadear distúrbios psicológicos como blues puerperal e depressão pós-parto.
Oito em cada dez mulheres podem desenvolver “blues puerperal”, um estágio definido pelo humor deprimido que pode ser revertido espontaneamente. Em outros casos, há necessidade de tratamento da depressão pós-parto com profissionais e medicamentos.
Esse desequilíbrio emocional é um alerta para os profissionais de saúde, tendo em vista que é um momento extremamente delicado. Ter especialistas preparados e informados para lidar com esse período é importante para a saúde da mãe.
Sendo assim, com influência do Janeiro Branco, preparamos um artigo completo sobre a saúde mental na maternidade e como ajudar uma mãe a enfrentar esse momento repleto de transformações. Continue lendo!
Iniciar o ano com a campanha “Janeiro Branco” trata-se de uma oportunidade para repensar ajustes necessários no que diz respeito ao nosso bem-estar psíquico. Assim, o principal objetivo da campanha é discutir a relevância da saúde mental e do cuidado com as emoções a fim de aproveitar a essência de recomeço que o mês de Janeiro tem.
O objetivo é reforçar que, assim como o físico, os danos mentais podem influenciar todos os aspectos da vida. E, sabendo disso, a maternidade também se enquadra em um dos assuntos importantes a serem discutidos, singularmente em cenários de mães solos, adolescentes e grupos mais vulneráveis.
A saúde do bebê também depende do estado mental da mãe, por isso, os cuidados com a saúde mental devem ser priorizados para que ambos se desenvolvam e possam criar um vínculo forte entre mãe e filho.
O blues puerperal ou também chamado de “melancolia da maternidade” pode afetar entre 50 e 80% das mulheres no período pós-parto, com o início dos sintomas no primeiro dia do puerpério e regride de forma espontânea após 10 dias, sem precisar de tratamento. (Dados de um levantamento feito pela UNIMEP em 2021)
É um estado mental esperado pela transição da nova identidade assumida, deixando de ser apenas mulher, para então, uma mãe responsável por outro ser.
Vale ressaltar que o blues puerperal e depressão pós-parto não são a mesma coisa. Enquanto o primeiro estado é considerado comum e passageiro, o segundo é um estágio avançado de um transtorno emocional.
Um acaba sendo fator de risco para o outro. Se o blues puerperal não receber a atenção necessária, pode ser o fator de risco principal para o desenvolvimento da depressão pós parto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão pós-parto atinge cerca de 20% das mulheres e deve ser encarada sem preconceitos e com apoio de médicos da familiares.
“Eu tive depressão pós-parto. Tive que fazer análise, me cuidar”, compartilhou a atriz Isis Valverde em entrevista sobre o que viveu após o nascimento do filho, em 2018.
Além de criticar a pressão que acompanha a maternidade, Isis relatou honestamente sobre seus sentimentos. – “Eu chorava à toa e não entendia o porquê. Tive uma tristeza profunda, tive vontade de sumir, tive vontade de ir embora”, afirmou, completando: “Muita gente não fala sobre porque tem vergonha, porque se acha péssima mãe (…) Maternidade é uma coisa muito relativa”.
Samara Felippo, atriz e apresentadora, também compartilhou a sua experiência com a maternidade: “Eu não trocava de roupa, não tinha vontade de tomar banho, não tinha vontade de nada”, afirmou em entrevista.
Samara enfrentou depressão pós-parto com a chegada de Lara, sua filha mais nova. Ela lembra que sentiu desânimo, choro constante, preferia o isolamento e teve dificuldade em manter os cuidados pessoais.
Como qualquer outra doença, o diagnóstico de doenças psicológicas é fundamental para que o paciente possa receber um tratamento eficaz.
O mesmo se repete no âmbito da maternidade. Mulheres com histórico de depressão têm 50% mais chances de desenvolver a doença no período pós-parto. A genética também gera predisposição. Problemas conjugais, falta de interação social e casos de violência doméstica podem funcionar como gatilho. (Dados levantados pelo Programa de Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Por ser uma condição de profunda tristeza e desânimo, as mulheres sentem-se extremamente culpadas por não vivenciarem o vínculo romantizado com seus filhos desde o primeiro minuto de vida.
É exatamente por este motivo que elas precisam ser acompanhadas com a devida atenção e cuidado por profissionais, pois não devem de forma alguma, serem julgadas por um estado psicológico fragilizado, afinal, é uma condição temporária.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas mais percebidos pelos profissionais responsáveis pelo tratamento de mães com depressão pós-parto, incluem:
O apoio familiar é a principal ferramenta para o bem-estar de uma mãe fragilizada. Por muitas vezes, a mulher definitivamente não percebe que existe algo diferente além da culpa, sendo assim, é comum que guardem o sentimento para si mesmas.
Sendo o familiar ou alguém próximo, você pode:
Nesses casos, mãe e bebê estão em um estado muito vulnerável. O tratamento para depressão pós-parto deve ser realizado individualmente e dependendo do caso, iniciar com medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia.
Além disso, a participação da família e dos pais durante o tratamento, não só acelera a melhora, mas também contribui com a prevenção de outros transtornos psicológicos e reforça a criação de um dos vínculos mais importantes para o crescimento da criança.
É indispensável a procura por psiquiatras e psicólogos especializados, sendo todo o tratamento oferecido de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O vínculo entre mãe e bebê não é imediato e automático, já sabemos que é um processo gradativo e que pode levar tempo e compreensão para ser desenvolvido.
A partir disso, a Natosafe compreende que a maternidade é um momento transformador e desafiador para muitas mulheres e vem trabalhando incansavelmente para proporcionar o bem-estar de todas as mamães e bebês.
Nossa tecnologia é a única no mundo capaz de criar o vínculo entre mãe e recém-nascido através do cadastro biométrico, desde o primeiro respiro do bebê. Acreditamos que a segurança é o primeiro passo para um desenvolvimento saudável e digno que toda família merece.
A Natosafe luta pela vida!