Realizada em quatro estados em parceria com diferentes instituições de saúde, iniciativa se tornou uma prova de conceito do scanner e do software desenvolvidos pela Natosafe
No mês das crianças, a Natosafe organizou ação em parceria com diversos hospitais em Mato Grosso, Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro. Nesses estados, famílias e recém-nascidos tiveram suas impressões digitais coletadas e incluídas dentro no sistema desenvolvido pela empresa curitibana, servindo como uma prova de conceito da tecnologia e de sua viabilidade de uso nas instituições de saúde e para as equipes técnicas. A ação busca mostrar a eficácia da tecnologia INFANT.ID no dia a dia das maternidades.
Em Mato Grosso, o projeto, desenvolvido pela Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica da Politec em parceria com o Hospital e Maternidade Femina – que atua há 41 anos em Cuiabá –, coletou impressões entre os dias 13 e 16 de outubro mediante autorização das mães. A obtenção dos registros das pessoas foi feita com o suporte de peritos papiloscopistas. As famílias que participarem do processo ganharam um voucher com o qual podem fazer a emissão do primeiro RG do recém-nascido.
Conforme demonstramos no blog, a tecnologia desenvolvida pela Natosafe oferece vários benefícios para todos os envolvidos no nascimento de uma criança: pais e mães, com a segurança de que não haverá trocas em maternidades ou desaparecimentos; instituições de saúde, que reduzem os seus riscos; os institutos de identificação, que ganham impressões de qualidade para suas análises; e o poder público, que evita o sub-registro, entre outras diversas possibilidades de aplicação.
Em média, a coleta levou em torno de 15 minutos com o equipamento. Segundo a Politec, o projeto consiste na formatação de um banco de dados capaz de avaliar o estudo da qualidade das impressões, que deve se tornar a base para todos os processos civis de cidadãos no Mato Grosso desde as primeiras horas de vida. A Politec visa fomentar políticas de identificação neonatal, orientando as equipes sobre os critérios técnicos e necessários para a identificação civil de recém-nascidos.
Formada a partir do quarto mês de vida intrauterina, as impressões digitais são únicas e as mesmas até a decomposição do corpo. Por se tratar de um dos principais meios de identificação técnica depois da odontologia legal e do DNA, os equipamentos em teste farão parte do futuro da Politec, garantindo maior segurança para mães e bebês ainda na maternidade.
“A ideia é que as maternidades, públicas e privadas, realizem a aquisição do equipamento e nos primeiros dias de vida logo após o nascimento o hospital faça as coletas das impressões digitais, disponibilizando aos órgãos de saúde e ao Instituto de Identificação de Mato Grosso”, diz o diretor de identificação da Politec, Aílton Silva Machado.
Em entrevista publicada no site da instituição, a pediatra e neonatologista Fernannda Pigato Vilela, diretora-técnica do hospital e maternidade Femina, afirma que a biometria pode se integrar ao atual protocolo de segurança adotado pelo hospital, que registra média de 200 nascimentos ao mês.
“Quando falamos de segurança, temos que ter no mínimo dois processos, e quanto mais checagens a gente colocar, tornamos o processo mais seguro. Desta forma, pretendemos agregar a biometria à checagem com código de barras da pulseirinha”, diz. “A coleta biométrica vai agregar muito valor dentro e fora do hospital, podendo auxiliar desde a identificação do bebê na alta do hospital, até na situação de uma criança desaparecida que poderá ser identificada posteriormente”, ressaltou.
Desenvolvido pela Natosafe, a plataforma – o scanner e o software – se chama INFANT.ID e é capaz de fazer a captura, análise e exportação das digitais de recém-nascidos em alta definição, além do seu envio para as autoridades públicas. O scanner já conta com certificação do FBI, a maior agência policial do mundo.
A ação realizada na semana das crianças pela Natosafe gerou repercussão em grandes veículos de mídia. A iniciativa no Mato Grosso coletou impressões de mães e de recém-nascidos para testar a tecnologia desenvolvida pela Natosafe. Trata-se de uma espécie de prova de conceito e garantia de sua viabilidade para as instituições de saúde e equipes técnicas do poder público. Veja algumas dessas matérias:
Bom dia Mato Grosso
Em 15 de outubro, o programa – da afiliada da Rede Globo no estado – explicou do que se tratou a ação e trouxe algumas entrevistas com responsáveis da instituição de saúde no estado e dos responsáveis técnicos, destacando a capacidade de dar segurança aos bebês e às famílias. “Na saída da maternidade, nós checamos a pulseira da mãe e da criança. Estando compatíveis, cortamos as duas, que são liberadas para casa após alta. Quando a criança sai, não há identificação que garanta que a mãe é aquela pessoa”, diz a médica Kadja Samara, da Femina Hospital Infantil e Maternidade, citando a importância de relacionar o recém-nascido à mãe ainda na instituição de saúde. Confira na íntegra (a partir dos 24 segundos).
Meio Dia – TV Vila Real Cuiabá
Veiculada em 13 de outubro, a matéria mostra o primeiro recém-nascido a ter as impressões digitais coletadas por meio da biometria no Mato Grosso. A reportagem reforça a obrigatoriedade desse registro, como estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente. “Estamos validando uma solução apresentada à Politec, que permita fazer a coleta logo após o nascimento e aos profissionais de identificação poderem identificar essa criança ao longo da vida”, explicou o diretor da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) do Mato Grosso, Ailton Machado. Assista a matéria na íntegra!
Portal Mato Grosso
O Portal Mato Grosso trouxe um material extenso a respeito da ação e apresentou mais informações sobre a solução da Natosafe. “O sistema foi desenvolvido pela startup curitibana Natosafe e entrou no mercado em 2020. A solução já foi adotada por maternidades de Goiás e Pernambuco”, diz o material. “O nosso propósito é contribuir com a segurança das crianças de todo o mundo. Foram anos de pesquisa e trabalho até atingir esse resultado. Conseguimos desenvolver um equipamento simples de ser usado e com custo acessível”, revelou o CEO da Natosafe, Ismael Akyiama, ao Portal Mato Grosso.
Governo do Mato GrossoO conteúdo desenvolvido pelo governo do Mato Grosso mostra qual pode ser o impacto da implantação Natosafe para o governo. “Caso seja homologada e implantada no Estado, será possível, também, a emissão de RG´s de crianças de zero a cinco anos de idade. Isto porque a tecnologia biométrica atualmente disponível para a coleta é limitada às particularidades anatômicas das impressões digitais das crianças nesta faixa etária”, explica o portal do governo estadual. E, mais para frente, será possível monitorar quais crianças foram vacinadas, quais estão frequentando a escola, entre outros cuidados.