Você sabe o que é papiloscopia?

Você já deve ter se questionado sobre como é possível ser reconhecido apenas por encostar os dedos em um aparelho minúsculo, àquele responsável pelas nossas impressões digitais em documentos de identificação pessoal. No artigo de hoje, vamos entender melhor sobre a ciência que estuda a identificação humana pelas papilas dérmicas (saliências da pele), a papiloscopia.

Ou então, mais conhecida como: impressão digital, a tecnologia utilizada pela Natosafe para vincular as digitais do bebê e da mãe logo após o nascimento. 

A Origem da papiloscopia

O termo papiloscopia vem do grego e do latim: “Papilo” significa papila, e “skipên” significa examinar.

Em eras passadas, era relativamente comum e “fácil” se passar por outra pessoa, especialmente criminosos procurados que assumiam outras identidades para não serem pegos. Com isso, surgiu a necessidade de criar um sistema confiável de identificação de indivíduos.

As primeiras tentativas de realizar a identificação se deu com técnicas que marcavam os indivíduos fisicamente – como no caso da identificação de criminosos, em que as autoridades realizavam marcações como tatuagens, mutilações e cicatrizes. Na índia, por exemplo, os culpados eram marcados na testa com ferro de brasa.

Contudo, com os avanços em cuidados com os direitos humanos e boas práticas do convívio em sociedade, tais técnicas utilizadas para marcar e identificar pessoas não eram mais aceitas. 

Os estudiosos da época começaram a notar que os seres humanos possuíam um padrão nas palmas das mãos e solas do pés, pequenas saliências na pele com ramificações neurovasculares, ou seja, as papilas que dariam início aos primeiros métodos de identificação através da biometria digital.

Papiloscopista analisando a palma da mão
Padrão da Palma da mão

De lá para cá, os estudos sobre papiloscopia obtiveram grandes avanços e hoje já é possível subdividir essa ciência em áreas específicas de estudo.

As 5 áreas da papiloscopia

A papiloscopia  pode ser divida em cinco áreas, continue lendo o artigo para descobrir o que cada uma estuda.

Datiloscopia humana: É a ciência que estuda a identificação através das impressões digitais dos dedos das mãos. O mesmo estudo ainda pode ser dividido em datiloscopia criminal (que identifica pessoas indiciadas em inquéritos, acusadas criminalmente), e a datiloscopia civil (que identifica pessoas para fins civis, como expedição de documentos, etc.). 

É por meio da datiloscopia civil que a tecnologia da Natosafe atua com o projeto de identificação neonatal em maternidades para validar e aprimorar a solução de identificação de recém-nascidos com o objetivo de reduzir os casos de tráfico infantil e trocas em maternidades.

Podoscopia: É o método que ainda é utilizado em maternidades para exames do pezinho, no qual a identificação ocorre por meio da coleta das digitais da sola dos pés.

Poroscopia: A identificação é realizada pela utilização dos poros das papilas dérmicas. 

Quiroscopia: Método que utiliza três regiões das palmas das mãos para identificação humana: tênar, hipotenar e superior. 

Cristascopia: Nesse método, a análise é feita pelas cristas papilares, que são os relevos epidérmicos localizados nas palmas das mãos e plantas dos pés. São elas que tornam as impressões digitais únicas e intransferíveis. 

O que fazem os profissionais papiloscopistas?

Ainda que seja uma profissão pouco comentada no mercado de trabalho, o profissional papiloscopista é responsável pela coleta e estudos científicos da identificação humana, seja pela decodificação e codificação de todos os vestígios papilares.

O papiloscopista pode atuar no campo policial/federal, em que é o responsável por identificar impressões digitais deixadas na cena de um crime e localizar os criminosos. Você já deve ter assistido algum filme de ação e investigação criminal em que os policiais encontram as digitais nos objetos por meio de uma “maquiagem” para destacar as marcas dos dedos. Esse é o papiloscopista federal.

Já no campo forense, os  profissionais atuam na identificação de cadáveres em necrotérios para a atualização de sistemas internos de impressão digital.

Por que analisar as impressões digitais?

“As impressões digitais reveladas e coletadas pela primeira vez como um meio de relacionar um criminoso à cena do crime, através de vestígios papilares encontrados no local, foram relatadas em 1880, por Henry Faulds, médico britânico que trabalhava no hospital de Tsukiji, em Tóquio no Japão. Ele advogou o uso das impressões digitais para detecção científica de criminosos e solucionou alguns crimes no Japão. (TOCCHETTO; FIGINI, 2012).”

Pode-se dizer que a maior motivação para o uso de impressões digitais para a identificação humana, se deu a partir de casos criminais. Os estudiosos mais conhecidos e renomados da área conquistaram esse espaço justamente por mostrarem a eficácia e precisão de uma identificação única e absoluta de cada indivíduo. 

De fato, os primeiros registros digitais eram feitos com tintas e papel, conforme os países se adaptavam ao método, mais tecnologias surgiam. Hoje, todo o processo de identificação, certificação e impressão é feito de forma eletrônica.

Tipos de impressões digitais 

Um dos precursores do sistema de impressão digital, foi o antropólogo croata,  Juan Vucetich Kovacevich, que contribuiu por identificar uma criminosa através de evidências papilares como prova material na elucidação de crime e revelação de autoria delitiva em 1892.

Vucetich lançou em seu sistema, quatro tipos fundamentais de desenhos digitais, dando a seguinte classificação: arco, presilha interna, presilha externa e verticilo. Vamos entender um pouco mais de cada modelo, segundo Vucetich:

Desenhos dos tipos das digitais por Juan Vucetich
Tipos de desenhos das digitais

Arco: Consiste no datilograma, geralmente adéltico (sem delta), formado por linhas que atravessam o campo digital, mostrando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas e curvas ou alterações características. É representado pela letra A para os polegares e número 1 para os demais dedos.

Presilha interna: Apresenta um delta à direita do observador, e suas linhas nucleares formam laçadas que partem da extremidade esquerda retornando ao lado de origem sendo mais ou menos regulares em todo o seu trajeto.  É representado pela letra i para os polegares e o número 2 para os demais dedos.

Presilha externa: Ao contrário do formato anterior, o delta está à esquerda do observador, apresentando linhas que, partindo da direita, curvam-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É representado pela letra E para os polegares e o número 3 para os demais dedos.

Verticilo: Existem dois deltas neste formato, um à direita, e outro à esquerda do observador, enquanto no centro, é possível observar uma linha livre em espiral.  Já em sua representação, utiliza-se a letra V para os polegares e o número 4 para os outros dedos.

Hoje somos capazes de desenvolver ferramentas especializadas para aumentar a segurança e controle de acesso aos locais, emissão de documentos de identidade após o nascimento, identificação e rastreamento de criminosos e até mesmo no nosso dia a dia, para o desbloqueio de eletrônicos. 

Com o passar dos anos, fomos nos adaptando à tecnologia e as novas preocupações que o mundo moderno trouxe, como por exemplo, o sequestro e a troca de recém-nascidos nas maternidades. O que na verdade, já acontecia há muito tempo, porém, devido a falta de recursos, era praticamente impossível ter o total controle.

Tipos de impressões digitais 

Pensando exatamente em promover a segurança das crianças e garantir que crimes graves deixem de fazer parte do cotidiano, a Natosafe desenvolveu um produto específico para realizar a leitura da biometria de bebês, tendo em vista que os equipamentos utilizados para coletar a biometria de adultos não seriam efetivos na coleta de recém-nascidos. 

Isso porque, além do tamanho dos dedos dos bebês serem menores, os pontos que formam as digitais ainda não estão 100% conectados e desenvolvidos. Para atender a essas particularidades, a Natosafe decidiu utilizar a inteligência artificial com o objetivo de garantir a coleta precisa e de alta qualidade das digitais dos recém-nascidos. 

Criança tendo a sua biometria digital coletada ainda na maternidade
Coleta biométrica Natosafe

A inteligência artificial refere-se à capacidade de sistemas ou máquinas aprenderem comportamentos humanos de acordo com a base de dados e informações que recebem. 

E é assim que o scanner Nilmaone utilizado pela Natosafe para a coleta de impressões digitais nas maternidades, opera em conjunto com um sistema de inteligência artificial, através do software INFANT ID, capaz de identificar se a imagem obtida respeita os parâmetros técnicos estabelecidos. 

As impressões digitais do recém-nascido e da mãe são coletadas logo após o nascimento para garantir a vinculação de ambas as informações. O processo é realizado por enfermeiros treinados para o manuseio do scanner, manuseio do scanner e plataforma, assim, quando o sistema encontra barreiras na leitura das digitais, o enfermeiro é notificado, e pode contornar o problema encontrado.

Se antes os registros dependiam de tintas, carimbos e papéis, materiais que perdem a integridade conforme o passar dos anos e que não garantem uma precisão na impressão das digitais, como o exame do pezinho. Hoje, o avanço tecnológico pode revolucionar a forma como recebemos a nossa identificação ao nascer. 

Quais são as vantagens da biometria digital?

A biometria digital diminui para praticamente zero, as chances de termos um documento trocado ou alterado. Cada pessoa possui a sua marca única, até mesmo gêmeos idênticos possuem digitais distintas. (Lembra dos formatos que existem? Arco, presilha interna e externa).

Segundo a Organização das Nações Unidas, 1,2 milhão de meninos e meninas desaparecem a cada ano no mundo. Enquanto no Brasil, a média fica entre 40 mil e 50 mil. 

E embora possa parecer improvável ter um filho trocado na maternidade, o neonatologista Luciano Barsanti afirma que há uma troca a cada 6 mil partos, de modo que levando-se em conta que ocorrem 5 milhões de nascimentos por ano no território nacional, estima-se que 800 crianças são trocadas todos os anos em hospitais brasileiros. 

O fato é que a identificação através do carimbo do pezinho é a principal ferramenta utilizada para recém-nascidos. O objetivo da vinculação entre as biometrias do bebê e da mãe, é justamente minimizar e até mesmo, zerar esse tipo de ocorrência. 

A Natosafe cuida do que há de mais valioso no mundo: as nossas crianças! 

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