Estima-se que ocorra uma troca de bebê a cada 6 mil nascimentos no país; tomando como base estes números, trata-se de mais de um caso por dia no Brasil
Recheada de simbologia, a chegada de uma nova criança costuma ser a realização de um sonho para muitos casais. No entanto, o momento do parto, especialmente ao entrar na maternidade, carrega um medo: “será que vou sair com o meu filho da maternidade?” Essa é a 2ª maior preocupação das grávidas instantes antes do parto.
Com relativa frequência, o tema volta aos noticiários. Não existem números determinantes sobre o assunto. No entanto, estima-se que ocorra uma troca de bebês a cada 6 mil nascimentos. As estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de aproximadamente 3 milhões de nascimentos por ano no Brasil, o que resultaria em 500 pais deixando a maternidade com a criança errada – mais de uma troca por dia.
Neste ano, por exemplo, um dos casos mais famosos ocorreu em Trindade (GO). Os partos de José Miguel e Murillo Henrique ocorreram na tarde de 9 de julho. As duas mães foram encaminhadas à mesma enfermaria, enquanto os bebês foram levados para o banho. A suspeita é de que, neste momento, houve a troca, com os bebês sendo vestidos com roupas invertidas.
Com o passar do tempo, uma das famílias começou a suspeitar de uma possível troca devido às características do bebê. E, após a realização de exames, foi confirmado o erro, com as crianças voltando aos seus pais no início de agosto.
O diretor do Hospital do Tricentenário de Olinda (PE), Gil Mendonça Brasileiro, afirma que muitas maternidades sofrem com dificuldades financeiras, o que dificulta o investimento em tecnologias para impedir equívocos. “As maternidades já têm dificuldade em fazer a mãe parir, de custear esse serviço… É difícil manter a maternidade. A maioria delas em Pernambuco e no Brasil tem fechado as portas, por conta do baixo custo da tabela SUS, de encontrar obstetras e pela dificuldade do país”, diz.
Por isso, de acordo com Brasileiro, as ações para coibir ou evitar trocas têm sido feitas “da maneira menos técnica possível”, por falta de recursos para investir em tecnologias que impeçam as trocas. Além disso, conforme Brasileiro, falta um cuidado maior no momento da alta hospitalar – o que também contribuiria para impedir o roubo de recém-nascidos, conforme mostramos neste artigo do blog.
O presidente da Associação dos Peritos Papiloscopistas Policiais Civis de Pernambuco, Carlos Eduardo Maia, reconhece que já teve conhecimento de outros casos de troca de bebês. De acordo com ele, a coleta realizada com tinta logo após o nascimento é insuficiente para individualizar o bebê e relacioná-lo à mãe já na sala de parto. “Nesse processo exclusivamente, se for uma impressão plantar atrelada à mãe, pode até suprir [ os requisitos técnicos para se fazer a identificação dos pais] , mas não é totalmente eficiente, porque não individualiza a criança”, diz.
Nós da Natosafe, somos a única empresa que desenvolveu um scanner capaz de fazer a captura biométrica dos recém-nascidos e vinculá-los à mãe, em alta definição, evitando trocas e a possibilidade de evasões de bebês dos hospitais.