A soma da forma de operação do scanner com a inteligência artificial do software é que torna o sistema uma novidade e eficiente para os recém-nascidos
Com dispositivos com cada vez mais qualidade de imagem – basta observar as câmeras de smartphones – e mesmo satélites que conseguem capturar minúcias em fotografias tiradas do espaço, soa até irreal dizer que uma das dificuldades da biometria neonatal está em garantir a qualidade da impressão.
Como em boa parte dos avanços tecnológicos, a solução demanda uma série de cuidados e leva em conta diversas especificidades. Trata-se de um mito dizer que não é viável obter a impressão de um recém-nascido, conforme demonstramos neste artigo, mas isso não significa que a solução encontrada foi simples.
Antes de falar propriamente da tecnologia necessária para ter sucesso, é importante entender as diferenças entre a impressão digital de um recém-nascido e de um adulto. Ressalte-se: crianças acima de 7 anos já têm características muito semelhantes aos adultos. No caso dos bebês, os aspectos únicos das impressões são formados até o sétimo mês da gestão.
As impressões digitais – já únicas – existem ainda dentro da barriga da mãe. A dificuldade está no fato de que há uma distância muito pequena entre as características que precisam ser identificadas (como linhas, cristas e pontos) para se ter uma coleta eficiente. A dimensão menor se deve naturalmente ao tamanho da mão e há outro fator que não pode ser esquecido: as características da pele dos recém-nascidos logo após o nascimento.
Como o sistema Natosafe é usado ainda na sala de parto, precisa superar outra dificuldade: o fato de a pele do bebê, que já é mais elástica naturalmente, estar carregada de gorduras e outras substâncias oriundas do processo de parto. Mesmo com todas essas dificuldades, há consenso de que a impressão digital dos dedos ainda é a mais segura no caso de recém-nascidos.
Diante de todos esses fatores, a Natosafe chegou a uma solução para os seus scanners de alta qualidade pensados para as salas de parto. Por se tratar de uma impressão muito pequena, sua estrutura foi construída de modo a trabalhar de forma semelhante a de um microscópio. É como se a impressão fosse ampliada para que as características únicas sejam capturadas da maneira correta, chegando até o software.
E como saber se o registro foi feito da forma correta? Aí está outro diferencial do sistema Natosafe. Não se trata somente do scanner, mas da integração feita com o software desenvolvido. Usando inteligência artificial, o programa dá feedbacks ao operador, de modo que integrantes da equipe médica possam coletar a impressão, sem a necessidade de um perito na equipe e garantindo a conformidade com as legislações que protegem os recém-nascidos.
De forma automática, o software separa a imagem do fundo, fazendo os recortes e ajustes necessários para garantir a qualidade. É a soma dessa “lupa” usada pelo scanner aliada à inteligência artificial do software – pensado para um operador não especializado – que torna a tecnologia Natosafe uma aliada de famílias, instituições de saúde e peritos.