Teste do pezinho: mais segurança e saúde para os recém-nascidos

Dados do Ministério da Saúde mostram que 99% dos bebês passaram pelo exame em todo o país no ano passado; Entenda mais sobre as enfermidades diagnosticadas de forma precoce

O teste do pezinho é um exame fundamental para a saúde dos recém-nascidos. Muitos pais confundem o carimbo do pezinho – feito na sala de parto e usado para fins de registro civil, com o exame que é realizado em cerca de 99% dos nascidos no país – cerca de 2,2 milhões de bebês –, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

Recomendado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, essa data foi estabelecida devido aos prazos comuns de surgimento dos sintomas das doenças identificadas pelo exame. Entre 2012 e 2017, o país fez 14,5 milhões de exames por meio do teste do pezinho. Neste período, foram diagnosticados 17.410 recém-nascidos com algum tipo de enfermidade detectada pelo exame.

No ano passado, o teste foi aplicado em 2,2 milhões de bebês, com a confirmação de 3,2 mil diagnósticos – um índice de 0,14% do total.

Quais as doenças identificadas pelo teste do pezinho?

O exame foca em seis doenças específicas:

– Fenilcetonúria – Trata-se de um defeito inato do organismo, que impede a metabolização de uma enzima hepática. Com o diagnóstico precoce, é possível realizar o tratamento adequado, diminuindo as chances de efeitos como atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e deficiência mental.

– Hipotireoidismo Congênito – Quando a glândula tireoide é incapaz de produzir os hormônios, resultando em uma dificuldade de vários processos metabólicos. O tratamento com a identificação precoce ocorre por meio de reposição hormonal.

– Deficiência de biotinidase – A doença costuma se manifestar a partir da sétima semana de vida: incide em um a cada 60 mil nascidos no país. O organismo não produz a enzima biotinidase, que absorve uma vitamina existente nos alimentos. O tratamento é de baixo custo e consiste no uso de vitamina H (biotina) nas doses necessárias ao organismo.

– Fibrose cística – É considerada a doença genética mais comum da infância, afetando principalmente pulmões, pâncreas e sistema digestivo, com uma produção excessiva de muco. As projeções mostram que 70 mil pessoas no mundo sofrem com a doença. Há muitos estudos sobre a enfermidade e existe a possibilidade de vários tratamentos para melhorar a qualidade de vida.

– Anemia falciforme – Hereditária, a doença afeta os glóbulos vermelhos – responsáveis por transportar o oxigênio ao longo do corpo. Essencial para a saúde de todo o corpo, a enfermidade pode ter sintomas variados e exige acompanhamento ao longo da vida.

– Hiperplasia adrenal congênita – O corpo tem deficiências na produção de enzimas relacionadas aos rins. Se identificada precocemente, permite oferecer tratamento adequado e normalizar o crescimento e a vida do bebê na maioria dos casos.

Nos exames realizados no país, o hipotireoidismo congênito e doença falciforme somam 77% dos casos diagnosticados. O teste do pezinho é uma política nacional de saúde adotada pelo país, visando a maior segurança dos recém-nascidos. Por outro lado, o carimbo do pezinho é uma maneira de o país tentar melhorar e dar mais segurança ao registro civil dos recém-nascidos (ainda que de maneira ineficiente).

Nos próximos artigos, o blog vai mostrar quais são as tecnologias existentes atualmente para fazer a identificação de uma pessoa – ou recém-nascido – e como a impressão digital, mesmo de bebês, ainda é o formato mais adequado, pensando na segurança e praticidade de todos os envolvidos.

Para que serve o carimbo do pezinho?

Um deles busca identificar a probabilidade de certos tipos de doenças nos recém-nascidos, enquanto outro é um complemento de documentação voltado ao registro civil

Toda criança nascida no país precisa ter o seu registro civil realizado pelos responsáveis – feito em cartório a partir da Declaração de Nascido Vivo. No momento do nascimento, é feita também impressão da planta do pé do bebê. Esse carimbo do pé é, em tese, apenas mais um elemento que vai servir para confirmar a identidade daquele bebê no momento de fazer a sua identidade.

Muitos pais confundem o carimbo do pezinho com o teste do pezinho. Ao longo deste e dos próximos três artigos, o blog vai se debruçar sobre o assunto, explicando as diferenças entre os dois procedimentos, quais as doenças são identificadas no teste do pezinho, as tecnologias biométricas existentes e voltadas para a solução deste tipo de problema e como a impressão digital segue sendo a mais indicada para esse tipo de solução.

Teste do Pezinho X Carimbo do Pezinho

Veja a diferença entre os dois procedimentos:

Teste do Pezinho – É um exame de saúde realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê. Consiste na coleta de sangue (normalmente, a partir do calcanhar). O propósito é identificar e impedir o desenvolvimento de doenças genéticas ou metabólicas.

Carimbo do Pezinho – Realizado ainda na sala de parto, trata-se de tentativa da equipe de saúde de coletar as primeiras impressões biométricas do bebê por meio da planta do pé. Como os dedos são muito pequenos e não havia tecnologia suficiente para fazer coletas por meio de equipamentos eletrônicos, usa-se a sola de pé, que também conta com impressões únicas, assim como a ponta dos dedos.

Compreendidas as diferenças entre ambos, fica claro que os dois procedimentos contam com objetivos específicos e distintos: enquanto o teste do pezinho se relaciona ao aspecto de saúde do bebê, o carimbo do pezinho é voltado à identificação civil do bebê.

Uso do carimbo do pezinho

A impressão coletada a partir da planta do pé, no entanto, acaba tendo pouca funcionalidade dentro do processo de registro civil e da confirmação de identidade de jovens e crianças. Os institutos de identificação recomendam fazer a atualização do Registro Civil (RG) a cada dez anos. Com as crianças, essa atualização é ainda mais importante, considerando as modificações na feição.

Ao contrário do que se poderia imaginar, quando a criança se aproxima da adolescência e precisa fazer essa renovação, ela ainda não consegue fazer o comparativo entre a sola do seu pé com o registro do bebê – mesmo aqueles nascidos há poucos anos, quando a tecnologia da biometria já era mais difundida. Quantas vezes, foi visto algum jovem tirando o sapato em institutos de identificação para fazer essa confirmação?

Por esse motivo, a possibilidade de coletar a impressão digital do bebê ainda na sala de parto e fazer a vinculação imediata com a mãe, a solução oferecida pela Natosafe (considerada uma disruptura no nascimento), é excelente ferramenta para garantir a segurança de jovens e de crianças, evitando problemas como o tráfico de menores e a troca de bebês em hospitais e maternidades.

Biometria: a tecnologia já existente para identificar bebês ainda na maternidade

A impressão digital se tornou comum em nosso dia a dia, inclusive em operações e situações que nem sequer relacionamos com a tecnologia

Há vários meios para se identificar uma pessoa hoje, e a biometria acabou se tornando uma das mais usadas, tornando-se comum em nossa rotina – mesmo que muitos não percebam. Os smartphones contam com o desbloqueio por meio da impressão digital, existem fechaduras que só abrem após o reconhecimento dos dedos e até mesmo para votar em muitas cidades do país usa-se a impressão digital, entre outros novos métodos devido à evolução da tecnologia.

Conforme o blog apresentou nos artigos anteriores, muitos hospitais e maternidades ainda usam o carimbo do pezinho logo após o nascimento de um bebê para o processo de registro civil – e há até mesmo quem confunda isso com o teste do pezinho, exame essencial para a saúde dos recém-nascido, pois permite a identificação de inúmeras enfermidades.

No mínimo, é possível dizer que já existe tecnologia desenvolvida no próprio Brasil – pela Natosafe – para dar mais segurança aos pais, aos recém-nascidos e aos próprios cartórios do que a mera impressão da planta do pé de um bebê.

O que é biometria?

O termo biometria significa o estudo estático das características físicas dos seres vivos, a soma de bio (vida) e metria (medida). Para a funcionalidade deste artigo, o conceito de biometria envolve a capacidade de identificar de forma única um indivíduo por meio de suas características. Por isso, a tecnologia tem sido usada em controles de acesso e na identificação de indivíduos – já que não existe a possibilidade de enganos, inclusive entre os gêmeos idênticos.

Ao contrário do que se imagina, a biometria não envolve necessariamente a impressão digital. Como esses sistemas se apoiam em características únicas do corpo de uma pessoa, a regra vale para os olhos, a palma da mão, a sola do pé e a voz – sim, também é entendida como um elemento único pelos estudiosos.

E o DNA?

Nos últimos anos, há uma corrente de especialistas trabalhando na chamada biometria de DNA. Assim como a voz, a impressão digital e os olhos, o DNA também é um elemento que não pode ser reproduzido e, por esse motivo, poderia também ser aplicado. Ainda em teste, alguns estudiosos defendem o uso da tecnologia para os recém-nascidos, pela garantia de que o processo de crescimento não a afetará.

No entanto, para se chegar ao DNA, há uma série de processos que precisam ser seguidos para se ter sucesso, especialmente a coleta, o que faz com que esse sistema seja visto como inadequado. E é simples de entender a crítica: imagine na identificação de um recém-nascido ter que tirar o seu sangue em vez de usar um scanner para coletar a sua impressão digital? É invasivo, para dizer o mínimo.

No próximo artigo, vamos falar mais sobre os motivos pelos quais a impressão digital dos dedos ainda é a mais indicada para os recém-nascidos, dando mais segurança para pais e mães, instituições de saúde e os cartórios de registro civil. Com o scanner de alta resolução, a equipe envolvida no parto consegue capturar e registrar as impressões do recém-nascido em um sistema, vinculando imediatamente com a mãe.

Por que a impressão digital é a técnica mais qualificada para identificar recém-nascidos?

As tecnologias biométricas têm evoluído, mas nem todas são indicadas para crianças ou recém-nascidos

Ao longo de muitos anos, enquanto a tecnologia da biometria se desenvolvia e se difundia em larga escala para diversos fins (conforme mostramos neste artigo), afirmava-se que seria impossível identificar os recém-nascidos com segurança. No entanto, esse é um mito que já foi superado a respeito deste tema, especialmente pelo avanço dos estudos sobre a impressão digital dos bebês e com a evolução das tecnologias usadas para capturar esse dado ainda na sala de parto.

Além da impossibilidade de fazer o registro na sala de parto, existem outros dois mitos a respeito da biometria voltada aos bebês que também já foram superados: a possibilidade de comparação entre a impressão digital do recém-nascido com uma criança ou adulto e a capacidade de integrar em um mesmo sistema digitais de crianças e de adultos.

Quando se trata de tecnologia, o tempo e o entendimento das inovações permitem que soluções sejam desenvolvidas, criando disrupturas em diversos segmentos do mercado, incluindo o de nascimento, o que pode propiciar mais segurança para os bebês, pais, médicos e instituições de saúde.

Impressão digital: meio mais seguro

O ramo da biometria está se desenvolvendo nos últimos anos, com o surgimento e evolução de inúmeros mecanismos para a identificação e controle de acesso. Reconhecimento facial, dos olhos, de voz e até mesmo a chamada de biometria de DNA têm sido discutidas entre os apaixonados e estudiosos pelo tema, mas há consenso de que a impressão digital ainda é o meio mais seguro para ser usado para os recém-nascidos.

A Unicef, por exemplo, em um guia para a aplicação da biometria em crianças, fala a respeito dos riscos da biometria de DNA. “Há preocupações éticas com o uso do DNA para a identificação e nós não recomendamos o uso desta tecnologia em programas apoiados pela Unicef”, diz. O motivo, de acordo com a entidade, é que, por meio do DNA, é possível ter informações que ferem a privacidade da criança (histórico médico, relações familiares), o que pode resultar em aumento da discriminação.

Em relação ao reconhecimento facial e a identificação por meio dos olhos, a Unicef reconhece a melhora dos sistemas, mas ressalta que seu uso deve ser feito apenas entre os adultos.

“Os sistemas biométricos foram desenvolvidos para funcionar com adultos, como tal, a tecnologia nem sempre opera de maneira apropriada para reconhecer crianças. Isso pode ocorrer devido à dificuldade em capturar o traço biométrico (como Íris [dos olhos] em crianças muito jovens); a performance pobre do traço de identificação facial de certos grupos de idade; e os baixos índices de aceitação do DNA”, diz.

Por outro lado, a impressão digital é uma das tecnologias biométricas mais difundidas atualmente. “As pontas dos dedos contam com impressões únicas, que incluem bifurcações, terminações, localização e direção que permitem o reconhecimento único. Da mesma forma, os detalhes da palma da mão também podem ser equiparados por meio de correlações, mapeando a localização e direção de alguns pontos, ou padrões das impressões”, reconhece.

Mais do que só a biometria

A tecnologia, como a desenvolvida pela Natosafe, que permite a coleta das impressões digitais do bebê ainda na sala de parto e a sua vinculação com a da mãe, são excelentes para dar segurança às crianças e aos pais. Essa impressão digital é uma espécie de uma senha única e individual de cada um, que deve ser aplicada para autenticar o reconhecimento de uma pessoa pela sua singularidade.

No entanto, a Unicef reforça que, em um mundo ideal, a biometria deve ser aplicada para dar assistência aos sistemas de registro civil. Por isso, a substituição do carimbo do pezinho – feito ainda na sala de parto – seria um bom começo para garantir a segurança das crianças de maneira mais ampla, mas sem deixar de lado a necessidade de se fazer o registro civil de cada recém-nascido.

Este artigo encerra uma série de 4 sobre o carimbo do pezinho, o teste do pezinho, biometria e o atual, sobre impressão digital, que abordam alguns dos aspectos sobre o registro civil de recém-nascidos e as dúvidas causadas pela sua saúde.

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