É muito provável que você já tenha utilizado a sua impressão biométrica para confirmar a sua identidade. Seja para acessar um smartphone, a sua conta no banco ou para bater ponto no trabalho, a biometria é sinônimo de segurança.
Mas a função da biometria na segurança vai muito além das coisas experimentadas no dia a dia. A identificação biométrica pode ajudar a solucionar problemas complexos, inclusive no que diz respeito ao cuidado com as crianças.
As tecnologias biométricas fazem a mensuração de características físicas para reconhecer a unicidade de um indivíduo e verificar a sua identidade.
A biometria também serve para controlar o acesso físico de pessoas a salas, identificar e localizar criminosos, e para impedir que pessoas não autorizadas acessem digitalmente dados sigilosos.
Traços biométricos são únicos e permanentes, assim, são eficazes para determinar a identidade de uma pessoa. A identificação biométrica pode ocorrer por meio de impressões digitais, escaneamento facial ou da retina e também por reconhecimento de voz.
O tipo de biometria mais utilizado é através das impressões digitais. Essa identificação, que era analógica, hoje foi digitalizada em quase todos os processos, inclusive para a identificação de recém-nascidos.
A coleta das impressões digitais de bebês é diferente da coleta realizada em adultos. Nas pessoas adultas o processo é mais simples, visto que as digitais são maiores e os adultos possuem controle para cadastrar todos os ângulos dos dedos.
Já as impressões digitais de bebês são muito pequenas e há a necessidade de, além de copiar, ampliar a impressão registrada. Para isso, a tecnologia da Natosafe capta a digital do bebê em alta qualidade e através de inteligência artificial, conseguimos ampliar os pontos característicos da digital, possibilitando a vinculação com a biometria da mãe.
A coleta da biometria em recém-nascidos já é uma realidade em diversos locais, porém, a identificação do bebê através da planta do pé, conhecida como “carimbo do pezinho” ainda é bastante utilizada.
O carimbo do pezinho é uma prática antiga e não possui eficácia para a identificação dos bebês ou para auxiliar no cuidado com as crianças no futuro. Esse procedimento existe única e exclusivamente para cumprir a lei federal 8.069/90, mas o que poderia servir para auxiliar na confirmação da identidade do bebê ao fazer o seu documento, acaba virando uma lembrança guardada pelos pais.
Assim, é urgente que a coleta da biometria de forma digital seja implantada nos hospitais e maternidades.
Conheça os motivos para a imediata transição da coleta biométrica analógica para a digital em recém-nascidos.
Com a impressão digital dos bebês coletadas logo após o nascimento, já é possível tirar a carteira de identidade das crianças. No estado de Goiás, o primeiro documento com dados biométricos em alta definição de um recém-nascido foi emitido com a tecnologia da Natosafe.
No Brasil, toda criança nascida precisa ser registrada no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Em tese, o registro civil só seria possível com a Declaração de Nascido Vivo (DNV). Se o RG for emitido ainda dentro da instituição de saúde e logo após o nascimento, haverá mais segurança para os recém-nascidos, impedindo qualquer tipo de uso inadequado da DNV. Embora a declaração tenha o propósito de evitar o falso registro de nascimentos, ela é insegura por se tratar de um mero papel.
A documentação por meio da impressão digital é a solução para um problema de números expressivos no Brasil: o sub-registro de nascimentos.
Dados de 2017 do IBGE, mostram que 2,6% dos bebês nascidos naquele ano não foram registrados. São cerca de 77 mil crianças.
No Brasil, aproximadamente 3 milhões de pessoas não têm sequer certidão de nascimento.
Segundo estimativas, a cada 6 mil nascimentos ocorre uma troca de bebês nas maternidades brasileiras. As estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de aproximadamente 3 milhões de nascimentos por ano no Brasil, o que resultaria em uma média de 500 pais deixando a maternidade com a criança errada.
As razões podem ser inúmeras, mas, normalmente, estão relacionadas a erros cometidos logo após o parto ou no processo de identificação das crianças, com a colocação de pulseiras.
Com a tecnologia da Natosafe, bebê e mamãe têm as biometrias coletadas logo após o nascimento e registradas em um sistema. Assim, as instituições de saúde podem verificar se mãe e bebê estão vinculados no momento da alta, garantindo um real cuidado com as crianças e evitando trocas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,2 milhão de meninos e meninas desaparecem a cada ano no mundo. No Brasil, a média fica entre 40 mil e 50 mil.
Existem diversas causas para os desaparecimentos, mas entre as principais razões estão: exploração de trabalho e sexual e adoção ilegal.
O registro biométrico de recém-nascidos e sua vinculação com os responsáveis tornaria mais difícil a prática do tráfico de pessoas e, quando houvesse uma declaração de desaparecimento, as forças policiais teriam informações técnicas para darem início às buscas – e as próprias organizações de fronteiras poderiam fazer essa checagem de forma constante, rápida e eficiente.
As vacinas têm sido muito debatidas nos últimos anos, e além da covid-19, muitas outras doenças necessitam de uma boa cobertura vacinal para que a população fique protegida.
Embora a vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 tenha iniciado em janeiro deste ano, até maio de 2022, somente 60% desse grupo tomou a primeira dose e meros 30% já têm o esquema vacinal completo.
Outro dado preocupante é a queda na vacinação contra outras doenças. Em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. Além da Tríplice Viral, a cobertura da vacinação contra poliomielite caiu de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Isso significa que três em cada dez crianças no país não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais.
Ter um banco de dados com a identificação biométrica de todas as crianças possibilitaria verificar quais foram os pais que não vacinaram os filhos ou, após 6 anos, não fizeram a matrícula obrigatória nas escolas. A partir disso, o próprio estado poderia se organizar para fazer as checagens e cobranças necessárias aos pais.
Além de todos esses benefícios, a coleta da biometria de recém-nascidos com a tecnologia da Natosafe ainda permite comparar a digital do bebê com a coletada em um adulto, o que vai garantir que aquele bebê foi a pessoa que fez a identidade ou o passaporte, que ingressou na escola, entre milhares de aplicações possíveis.
Apesar de sofrerem alterações conforme o tempo, com um amplo banco de dados, é possível identificar uma pessoa adulta através da digital coletada quando bebê.
Em uma sociedade na qual todos tenham seus dados biométricos coletados no nascimento e registrados em um sistema unificado, seria possível também evitar crimes de falsidade ideológica e ter acesso fácil ao histórico médico na ocasião de uma consulta, não importa o local.
A tecnologia da Natosafe veio para revolucionar a utilização da biometria, tornando essa uma importante ferramenta para ajudar a solucionar problemas urgentes e complexos da nossa sociedade e que envolvem os bens mais preciosos de uma nação: as crianças.
Crianças são o futuro, a Natosafe é o futuro.